O Ipea divulgou o Atlas da Violência 2020 que analisa os índices de criminalidade em todos os estados brasileiros em uma faixa de 10 anos: 2008 a 2018. Apesar do atraso dos dados – o que compromete as informações, já que reflete um período de 2 anos atrás – pode-se observar nas informações que a criminalidade mais que dobrou no Piauí durante esse período.
Em 2007, Wellington Dias era reeleito para seu segundo mandato como governador. Nessa época, o Piauí tinha 11,6 homicídios por 100 mil habitantes. Essa era a MENOR TAXA DO BRASIL. Nessa época, o Piauí ainda era um local tranquilo, onde as pessoas ficavam nas portas de suas casas sem nenhuma preocupação – a situação de paz era ainda melhor no interior do estado.
Já em 2018, os índices saltaram para 19 por 100 mil habitantes. Antes, em 2014, bateram o recorde com 22 mortes por 100 mil habitantes (na época, o governador era Zé Filho).
Como já demonstramos em outra matéria, o Piauí não tem nada para comemorar na criminalidade. O número de roubos e furtos de veículos, entre os anos de 2017 e 2018, aumentou 19%. Saltando de 5.677 ocorrências em 2017 para 7.098 em 2018.
No interior, o aumento das Mortes Violências Intencionais (MVIS) foi de 16,3% quando comparados os anos de 2015 e 2019. No ano passado foram contabilizados 348 MVIS, contra os 291 registrados em 2015.
Além disso, os números do Ipea não batem com números de órgãos independentes – que consideram que Teresina é muito mais violenta do indica o Atlas da Violência. Segundo eles, a capital piauiense possui uma taxa de 37,05 homicídios para cada 100 mil pessoas, o que equivale a 315 mortes (homicídios e latrocínios), em 2017. A taxa de homicídio por 100 mil habitantes, em 2016, foi de 42,84.
Clique aqui e leia o Atlas da Violência 2020 Completo.
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