No dia 29 de abril, O Piauiense publicou que a clínica CentroImagem, de propriedade do médico Raphael Nunes Martins, filho de Wilson e Lilian Martins, era suspeita de ter vacinado todos os funcionários irregularmente. A descoberta só foi possível graças a um relatório técnico do TCE.
Logo depois essa divulgação a própria Lilian Martins fez um pedido para a corte tornar aquele tipo de relatório sigiloso – e foi aceito por unanimidade.
O Ministério Público então entrou com uma ação solicitando que esse sigilo fosse retirado, já que são informações públicas – a liminar do Ministério Público foi inicialmente aceita, mas logo depois ela caiu após a decisão de um desembargador.
Os relatórios técnicos voltaram para o sigilo.
Como a mãe do dono de uma clínica que pode ter vacinado irregularmente várias pessoas pode julgar um caso em que seu filho pode estar envolvido? Lilian era suspeita no caso e jamais poderia julgar uma situação que ela própria faz parte.
Mas isso não constrangeu a Justiça, que considera tudo normal.
Vale lembrar que esse é o mesmo caso em que Flávio Nogueira Júnior, deputado estadual e Secretário de Estado, também é suspeito de ter se vacinado irregularmente. Ele também é médico na mesma clínica do filho de Lilian Martins – e foi assim que ele se vacinou antes do período permitido.
Flávio se vacinou no dia 11 de fevereiro – mas, apesar de ser médico, ele não trabalha na linha de frente do COVID e a vacinação para todos os médicos só começou em março de 2021.
É por isso que o TCE não quer que a população tenha acesso a esse relatório – políticos e pessoas poderosas serão protegidas pelo sigilo dessas informações.
Comentários