Governo do Estado · 12 de novembro de 2021

Os motivos que dificultam a troca de Rafael Fonteles por Marcelo Castro

Ao longo da história da humanidade, a política sempre foi marcada por disputas de poder envolvendo traições, chantagens e suborno.

O que vemos na formação da chapa governista com os nomes de Rafael Fonteles e Themistocles Filho é o desenho perfeito de uma longa trama envolvendo não a busca por perfis políticos ideais para enfrentar desafios futuros do nosso estado e sim a escolha de uma chapa que satisfaça a todo custo quem detém o poder atual. Apenas isso.

Não há busca por competência, honestidade ou capacidade, mas a escolha de quem pode manter os esquemas funcionando e que possua poder de “articulação” com os outros poderes, isto é, capacidade de negociar carguinhos e vantagens e manter os políticos aliados satisfeitos.

Então vejamos, alguém em sã consciência consegue entender os motivos que fazem o Partido dos Trabalhadores escolher Themistocles e achar ele um bom nome para ser vice-governador de estado (e, eventualmente, o governador do Piauí)?

Um velho político conhecido por escândalos no poder legislativo, condenado por roubo de dinheiro público, que vem de uma família tradicional da política piauiense, forjado dentro do velho MDB corrupto e que se tornou um nome de consenso dentro do coração petista.

Agora vejamos o nome de Rafael Fonteles: um jovem empresário e político, que alavancou seu patrimônio milionário através de contratos púbicos entre seus parentes e o governo exatamente no período que ele exercia a função de ser chefe e cuidador das finanças estaduais.

Um político voraz, que chega ao cúmulo de expor a sua própria família nas redes sociais somente no período pré-eleitoral como se Instagram e Facebook nunca existisse ao longo de toda a sua vida, que consegue ser falso e artificial tanto no seu perfil como pessoa pública como com pessoa privada, na intimidade de sua família.

Rafael, que ficou conhecido por ser um jovem de inteligência acima da média nunca usou essa inteligência para ajudar o Piauí. O estado continua sendo pobre e miserável.

O que Rafael tem é poder!

Poder político que conseguiu através do amplo controle e poder financeiro.

Esse é o único motivo que nos leva a crer que a troca do seu nome é algo impossível.

Rafael não se tornou pré-candidato a toa. Ele detém o poder sobre o controle das finanças e dinheiro é a variável principal que Wellington Dias aposta para ter uma campanha vitoriosa em 2022.

O dano que a remoção de Rafael Fonteles será sentida na candidatura do governo: será a prova que mesmo com tanto derramamento de dinheiro, o governo está mal avaliado pela população. Por isso, tomar essa decisão será um passo que Wellington Dias tomará com bastante cuidado.

A troca Rafael por Marcelo Castro não é uma engenharia fácil. E Wellington Dias sabe disso.