Novos deputados eleitos no Piauí continuarão a esconder quem são seus comissionados?
O Escândalo dos CPFs Premiados surgiu, em 2021, com a exposição de quem eram as pessoas que possuíam cargos comissionados na Assembleia Legislativa. Antes das nossas denúncias, a folha de pagamento exibia apenas os CPFs, portanto, ninguém sabia quem eram os comissionados.
Ao descobrirmos os nomes foi fácil achar várias irregularidades: pessoas mortas recebendo salário, parentes de políticos que não moravam nem no Brasil, famílias inteiras de parlamentares, mãe de deputado em “home office” antes mesmo da pandemia, além de políticos não eleitos que acabaram ganhando um agrado no parlamento, mesmo sem nunca pisarem no local.
Após centenas de denúncias, o Ministério Público fez um acordo com a Assembleia para que essa folha de pagamento fosse, minimamente, mais transparente. Colocaram os nomes das pessoas que trabalham, mas criaram outras dificuldades: a folha de pagamento não é mais publicada em PDF e sim com um buscador cheio de bugs que não encontra nada. Além disso, não colocaram a qual gabinete cada comissionado pertence.
Será que Jeová Alencar, Bárbara do Firmino e Felipe Sampaio serão diferentes? Certamente que não. Jeová é o articulador de um esquema semelhante na Câmara de Vereadores, ele chegou a mandar remover as notas fiscais das verbas indenizatórias após O Piauiense expor o caso dos alugueis de veículos superfaturados.
Já Bárbara do Themístocles, digo, do Firmino, é filha de Lucy Soares, que mantém a mesma prática de não transparência em seu gabinete. Ela não deve agir diferente de sua mãe.
Por fim, Felipe Sampaio, filho de um dos políticos com a ficha criminal mais extensa do Piauí e o próprio criador do esquema dos CPFs Premiados. Certamente não será ele quem irá parar o legado da família.