#TBT – Investigação sobre desvio de R$ 150 milhões da Assembleia Legislativa foi arquivada e gerou demissões de Promotores
Em 2011, a Polícia Federal iniciou uma grande investigação para apurar o desvio de R$ 150 milhões da Assembleia Legislativa do Piauí. Vários deputados estaduais eram o alvo das investigações, entre eles estava Robert Rios e Themístocles Filho.
Robert, que na época era Secretário de Segurança, solicitou que a investigação saísse da PF e fosse para a Polícia Civil. Logo depois, vários outros investigados também fizeram A MESMA SOLICITAÇÃO. Veja bem: Robert Rios, que bate no peito afirmando ser ex-delegado da Polícia Federal, não queria que o órgão o investigasse.
Os promotores do caso Silas Sereno Lopes, Ana Isabel de Alencar Mota Dias e Galeno Aristóteles Coelho de Sá foram contra a mudança, mas a Procuradoria do Ministério Pública – sob ordens da procuradora geral Zélia Sampaio – ACATOU a mudança. A alteração da Polícia Federal para a Polícia Civil era uma medida para que as investigações fossem controladas, já que o próprio Robert Rios era Secretário de Segurança e tinha o comando da Polícia Civil do Piauí.
Ou seja: um investigado teria o comando da própria polícia que estava fazendo investigações sobre ele. Um absurdo inaceitável que só poderia dar certo no Piauí. Mas deu certo.
A situação gerou um conflito entre os promotores responsáveis, que pediram demissão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Logo depois, as investigações foram arquivadas e nenhum dos investigados foi indiciado.
Até hoje, não se sabe o que aconteceu com os R$ 150 milhões roubados da população pela Assembleia Legislativa do Piauí – já sob o comando do seu presidente, Themístocles Filho.
Tudo isso aconteceu em 2011/2012. Dez anos depois, o Ministério Público encontra-se em situação semelhante: o caso dos CPFs Premiados também envolve parentes de procuradores do próprio Ministério Público, de políticos e de poderosos do Piauí. Certamente, há uma grande pressão para que as investigações sejam abafadas.
Isso não pode acontecer!